o riachense

Quinta,
18 de Abril de 2024
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Luís Pereira

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Joyeuses Fêtes

 


Estamos a apenas três dias do Natal. Finalmente os trabalhos da estrada arrancaram de verdade. Tenho corrido de verdade. O estaleiro começa a ganhar forma. Pode ser…
Aqui no Mali, como em bastantes outros locais de África, os pais procuram casar as filhas logo que possível, i.e. a partir dos 12 anos. Para as mentes ocidentais, um homem maduro, para não dizer velho, casar com uma menina de doze anos pode ser comparado a pedofilia. Por aqui os homens podem casar com quantas mulheres puderem sustentar. O islão colocou um bocadinho de travão nisso ao limitar o número de possíveis esposas a quatro, mas por aqui o pessoal não sabe contar muito bem… Então e depois? Que isto é assim todos sabemos. Talvez. A curiosidade é que estes casamentos arranjados de filhas a iniciar a puberdade com homens velhos, já com outras mulheres, se verificam nas aldeias, com as pessoas sem instrução. Ou seja nas cidades, e nas melhores famílias a situação é bem diferente! Será?
Em Bamako, começam a soar os alarmes. As meninas, filhas dos mais reputados cidadãos, que lhes prouveram educação nos melhores colégios e acesso a tanto, que muitos outros nem sonham, estão a usar um estratagema. Como são modernas e tem possibilidades de sair à noite, usam esses privilégios para encontrar cidadãos, muitas vezes com idade de ser seus avôs, aproveitam para engravidar deles, de modo a casarem com eles e terem acesso ao último grito da moda, casa, carro, telemóvel, conta bancária e um marido bem na vida e acima de tudo com outras esposas e uma vida bastante ocupada, logo deixando-lhes bastante tempo livre.
Quem disse que basta mudar alguma coisa para tudo mudar? Eu diria que basta mudar alguma coisa para que tudo fique na mesma, a diferença é que as meninas das aldeias, casam sem saber o que poderia ser diferente na sua vida e as das cidades, casam porque sabem o que a sua vida tem de diferente.
Pensamento estranho para a semana de Natal? Será mas a balança só fica completa com todo o jogo de pesos, eu estou a colocar os pesos na balança, qualquer dia ainda dou por mim a perceber um pouco do que se está a passar à minha volta.
Kogoni, 22 dezembro 2010

Kogoni, 22 dezembro 2010

 
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