o riachense

Sexta,
29 de Maro de 2024
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Marco Túlio Cardoso Pires

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O preço do cérebro
 
Em tempos de grande pressão exercida na sobrevivência do Homo sapiens português há uma questão que surge na cabeça dos mais preocupados: “Como é que existem pessoas capazes de nos piorar as nossas condições de vida? E porquê?”. Tal pensamento levou-me a eleger a pior invenção do Homem: o dinheiro.
Tal galardão foi atribuído ao dinheiro, não porque temos pouco dinheiro, mas porque queremos sempre ter mais. Não se trata de uma afirmação política traduzida numa perspectiva anti-capitalista, porque os políticos não criaram o capitalismo, apenas se aproveitaram dele. Trata-se da consciencialização dos motivos da origem de tal invenção do cérebro do ser humano. Tudo começou, há uns tempos atrás, quando um homem das cavernas se apercebeu que pode caçar mais do que aquilo que necessita para a sua sobrevivência para dar a outros em troca de algo, a compensação. É nesse ponto que começamos a ter a necessidade de querer mais do que, biologicamente, precisamos. Já não é uma questão de comida e abrigo, e é isto que nos distingue dos restantes seres que habitam no planeta Terra. A criação do dinheiro apenas veio pôr isso “por escrito”. Com o passar das eras o cérebro do Homem foi-se tornando uma esponja de satisfação que nunca ensopa. Essa satisfação foi ganhando as mais diversas formas (comida, desporto, cinema, leitura, etc.), o dinheiro veio apenas regular o quanto a “esponja” de cada indivíduo pode absorver.
Agora em 2012 basta olhar em redor e ver esse comportamento em todo lado o que leva a pensar no futuro. A necessidade de criar uma unidade monetária que quantificasse o quanto valemos e quanto podemos ter, é um capricho do cérebro humano muito traquina muito bem aproveitado pelos promotores do Capitalismo. Resta esperar que este degrau evolutivo não demore a subir.
P.S: Parabéns ao Homem por ir de caçador/colector a accionista da bolsa em, apenas 12 mil anos.
*Estudante de Mestrado de Biologia
Actualizado em ( Terça, 24 Janeiro 2012 00:01 )  
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