o riachense

Sábado,
04 de Maio de 2024
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Raquel Carrilho

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Hello America!

Sempre tive a sensação que viajar é saber mais, conhecer, aprender. Das viagens (ainda poucas) que fiz, sinto que é um vício que pede para ser alimentado, pelo menos uma vez por ano, assim como as tatuagens. Pode parecer um tanto ou quanto extravagante, e não estou aqui para levantar polémicas ou incentivar ninguém a vidas alternativas. Mas a verdade é que a sensação de viver experiências fora da nossa zona de conforto é, de facto, enriquecedor. Nas minhas memórias (mais que em fotografias) guardo estranhas e diferentes impressões de adaptação a outras culturas, a sensação de encaixar e fazer parte.
Estou a viver uma dessas experiências neste momento, e tenho a certeza que se trata do maior desafio fora de Portugal. Certo (para quem sabe) que vivi durante uns meses em Paris, mas a minha experiência pessoal não foi das melhores, e por isso voltei ao ninho. Agora, aqui, nos Estados Unidos, sinto que estou “do outro ladoâ€, e é, sem dúvida, diferente.  
E estou a aproveitar cada momento.
Será um mês (após um ano difícil de poupanças) para explorar, conhecer, para viver. E viver cá é uma opção, apesar de todas as leis de emigração nos remeterem para uma sensação de confusão total e de “mais vale estar quietoâ€.
Mas voltando às diferenças, tenho a notar que o povo americano (e penso que aqui posso generalizar ao continente americano e não só aos EUA) é bastante mais positivo e transmitem essa sensação de bem-estar generalizado, num simples bom dia sem nos conhecerem. Não vou apontar as causas da boa disposição dos americanos, nem tão pouco explicar as razões da negatividade que sinto dos portugueses. Cada vez mais. Mas torna tudo tão diferente. As pessoas sorriem naturalmente, sem maldade. É claro que há pessoas de todos os feitios em todo o lado, e esse tem sido um dos temas mais recorrentes em conversas que tenho tido por cá. Eles próprios sentem, também de forma muito genérica, que os europeus têm algum receio em se darem um pouco mais e de sorrirem, simplesmente. Apesar de sermos nós a dar o passo para o beijinho do “olá, tudo bem†ou o próprio “passou-bemâ€. Nunca dei tantos “hand shakes†na minha vida, já que sinto estranheza quando aproximo a cara para cumprimentar as pessoas, mas é apenas uma questão de hábito. Também nunca pensei ficar tão contente ao ver os autocarros da escola, tão típicos aqui. A Carrinha Amarela, nos meus tempos de escola, era apenas um programa de desenhos animados na RTP2! A sensação de estar num filme ocorre-me frequentemente. Obviamente devido a toda a concentração cinematográfica se dar em ambientes próximos daquele onde estou. Estamos habituados a ver os bairrinhos familiares típicos, super organizados, as pessoas a passearem os seus cãezinhos enquanto outros fazem jogging, quando de repende um miúdo riquinho passa no seu carrão a queimar borracha e a furar o tímpano com o seu potentíssimo “subwoofer†que tem no carro. Enfim, são paisagens que Hollywood mais ou menos nos habituou e que agora vejo sendo próximas da realidade.
Ainda assim, nem tudo é “perfeito como nos filmesâ€, e há outras realidades a explorar tão mais interessantes.
Ainda só passou uma semana desde que cheguei, e ainda há tanto para explorar. E agora, “if you excuse meâ€, vou comer um hamburger e fazer uma nova tatuagem!
Até já!  Raquel Carrilho

 

Actualizado em ( Segunda, 11 Fevereiro 2013 17:48 )  
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