o riachense

Quinta,
25 de Abril de 2024
Tamanho do Texto
  • Increase font size
  • Default font size
  • Decrease font size

Ana Isabel Santos

Enviar por E-mail Versão para impressão PDF

Meu Querido Mês de Agosto

O regresso à terra e àqueles que nos viram nascer, é sempre envolto de uma ansiedade imensa. Temos os pais, os tios, o irmão, a avó, os primos e amigos para abraçar. Trazemos a bagagem recheada de histórias e o coração a palpitar de saudades. 

É Verão. O mês convida a amores, a gargalhadas, a praia, a gelados, a festas. O país (quase) pára. E por momentos, varrem-se da memória todas as recordações da crise política de Julho. 

A este propósito. Fiquei surpresa (se é que Cavaco Silva ainda terá este dom) com a decisão do nosso ‘querido’ Presidente da República. O recado foi mais ou menos o seguinte: ‘Meus amigos, dei-vos a hipótese de resolverem o problema. Não conseguiram, paciência! Fica para a próxima! Eleições em Junho? Acabaram-se! Passos Coelho e Portas, regressem às vossas posições! E tu, António José Seguro, fica lá com ónus de todo esta salganhada política!’. 

Confesso que pouco me tenho preocupado em ler notícias. Tenho-me mantido, mais ou menos alienada das novelas que ainda fazem correr tinta, como por exemplo a de Maria Luís Albuquerque, ministra das Finanças. Mas preocupa-me o que aí vem. É difícil esquecermo-nos do corte de 4,7 mil milhões de euros da despesa do Estado, que foi já acordado com a troika. E para já, pouco se sabe. Onde e como serão efectuados estes cortes? A que custo? Quanto funcionários públicos verão extintos os seus postos de trabalho? Se for cumprido o objectivo, será possível um alívio da carga fiscal? Estarei atenta à rentrée política. A questão será, certamente, abordada e discutida. As dúvidas, essas, é que poderão ficar por esclarecer. 

Quer-me parecer, que depois de toda a crise política que aqueceu o arranque do Verão, ficámos com uma equipa ministerial fragilizada. Pouco credível. Sobretudo nas Finanças. Um ministério chave nos próximos meses mas tutelado por uma ministra impreparada e que arrancou com o pé esquerdo. Reconheço-lhes, ao Executivo, muito pouca legitimidade para nos imporem mais sacrifícios. Em nome de um ‘futuro’ que não chega. Eles estão desgastados. E nós cansados. Desesperançados. 

Mas para já, e na antevisão de um ano político cheio de sobressaltos, o melhor remédio é aproveitar. O Verão, o calor, a família e os amigos. O ano adivinha-se duro. E o que eu gostava de estar enganada.


Actualizado em ( Quinta, 08 Agosto 2013 12:06 )  
{highslide type="img" height="200" width="300" event="click" class="" captionText="" positions="top, left" display="show" src="http://www.oriachense.pt/images/capa/capa801.jpg"}Click here {/highslide}

Opinião

 

António Mário Lopes dos Santos

Agarrem-me, senão concorro!

 

João Triguinho Lopes

Uma história de Natal

 

Raquel Carrilho

Trumpalhada Total

 

António Mário Lopes dos Santos

Orçamentos, coisas para político ver?
Faixa publicitária
Faixa publicitária
Faixa publicitária
Faixa publicitária