Os 40 anos da revolução democrática do 25 de Abril de 1974 vão ser celebrados em Riachos com uma organização de eventos da recém-criada associação cultural Paralelo 39.
Vai chamar-se 40|25s Comemorar Abril e traduz-se num “dia inteiro a consumir arte e a digerir a revolução de Abril”, conforme informam os organizadores em comunicado, que reservaram o dia da Liberdade para uma conjugação de intervenções de artistas e colectividades.
Esta vai ser a primeira façanha pública do Paralelo 39, mas na realidade as peças de teatro Povoação Vende-se e Antígonas, o concerto com cinema, apresentado já em 2012, já eram fases embrionárias da actividade desta ‘Associação Cultural de Saberes e Artes’ que agora se associou à Junta de Freguesia, à Sociedade Velha Filarmónica Riachense e à Columbófila de Riachos para comemorar a marcante data.
O extenso cartaz, ainda em fase de ultimação, a que O RIACHENSE teve acesso, arranca com o tradicional hastear da bandeira e uma largada de pombos na manhã do dia 25. Durante todo o dia haverá na calçada da Casa do Povo, cortada ao trânsito, um “mercadinho inovador e de criação artística-plástica in loco” que envolverá entre outras coisas a pintura de um mural.
Pela tarde, o velhinho Cinema Olímpia volta a ter vida, abrindo-se à população com uma mostra de cinema, conversas no bar sobre a temática de Abril (por confirmar) e comes e bebes, até perto das 19 horas, altura em que a Big Band da Filarmónica actua no Largo.
As crianças não foram esquecidas, e enquanto é cedo para acompanharem os pais nas discussões de Abril, o Paralelo chamou o mestre das Histórias da Nossa Gente, Manuel Carvalho Simões para “Contar Abril” aos juniores.
Para o fim do dia prepara-se uma “espécie de gala” na Casa do Povo, que reunirá ao serão um considerável número de artistas de calibre. Com a apresentação de Célia Barroca, que também cantará algumas músicas, haverá actuações da Big Band da Filarmónica, de alguns dos componentes dos La Fontinha, Luís Correia, Os Outros, Gonçalo Serras, Gonçalo Sousa, Mantra e os Tempo e Modo.
“E quem disse que não poderá esta bonita gala ser interrompida por um guarda da DGS? Ou por poemas subversivos?”, insinua o comunicado enviado pela associação que, a julgar por esta primeira organização, promete mexer com a vida cultural em Riachos. Como eles próprios dizem, o objectivo final é conquistar o mundo, mas até lá ocupam-se em fazer acontecer arte onde for possível e até mesmo onde, à partida, pareça impossível.
