Sensivelmente um ano depois, o Bloco de Esquerda voltou a levar uma recomendação à Assembleia Municipal para que a Câmara faça uma reavaliação do Almonda Parque.
Os eleitos bloquistas insistem que o tarifário elevadíssimo praticado pela Holdiparque, concessionária do espaço, é “um entrave ao desenvolvimento da cidade”, nomeadamente porque propicia o estacionamento inadequado na periferia.
O documento, que acabou por ser rejeitado por todas as outras bancadas, propunha-se a “lamentar a atitude de intransigência da administração, apelar aos responsáveis para que adoptassem uma atitude de negociação com vista à revisão do actual tarifário” e apelar à Câmara para que fizesse ver à empresa o interesse público do equipamento.
Segundo Pedro Ferreira informou em diversas ocasiões, nas tentativas de negociação com a empresa, nunca houve abertura para a redução dos preços do estacionamento, que, na abertura há três anos, foram fixados em 25 cêntimos por 15 minutos. Existem 330 lugares de estacionamento mas a média de ocupação na maioria dos dias não ultrapassa a dezena de estacionamentos.
Sendo um equipamento público, foi construído com capitais privados. Esta PPP custou à Lena Construções quatro milhões de euros e a Holdiparque, do mesmo grupo, ficou com a sua exploração, tendo em vista o retorno financeiro a longo prazo.
Já este ano, a vereadora Helena Pinto referiu numa reunião de Câmara que o Almonda Parque “é um mistério”, não se compreendendo que uma empresa que visa o lucro continue sem clientes e sem fazer nada quanto a isso. Nessa altura, Pedro Ferreira garantiu que a Câmara não paga quaisquer lugares fixos no estacionamento nem está previsto no contrato nenhuma contrapartida à empresa para o caso desta ter prejuízo com a exploração.
