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Quinta,
02 de Maio de 2024
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O Movimento das Mulheres Social Democratas chegou a Torres Novas

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Maria Graça Carvalho, Sílvia Santos e Carina João apresentaram o Movimento das Mulheres Social Democratas
 
Foi criado em Torres Novas o núcleo do Movimento das Mulheres Social Democratas, no dia 31 de Maio. Sílvia Santos, da Comissão Política do PSD local, coordena o movimento e revelou que já tem cerca de 50 inscrições. É a primeira iniciativa deste movimento no distrito de Santarém, o distrito que teve mais candidatas e eleitas nas últimas eleições autárquicas (incluindo cinco presidentes de Câmara), numa média muito superior à nacional, de 7%.
 
O objectivo do movimento que foi criado há meia dúzia de anos pelo PSD é precisamente trazer as mulheres para a política e assim engrossar a militância do partido, em especial a feminina. Em Torres Novas, o repto foi lançado no último mandato de Henrique Reis à frente da concelhia e concretizado por João Quaresma, o actual presidente.
 
“A mundividência própria das mulheres pode trazer algo novo para a política”, disse Sílvia Santos, adiantando que a actividade do movimento se vai focar tanto na formação política e autárquica das militantes como em acções de defesa da igualdade de oportunidades e denúncia da violência sobre mulheres. Falou ainda do incremento da cooperação com as estruturas locais do PSD, tendo em conta a lei da paridade. “Vivemos numa sociedade desequilibrada e, infelizmente, patriarcal, em que as mulheres são úteis para votar mas perigosíssimas concorrentes para ocupar os lugares que pertencem aos homens” disse a coordenadora.
 
A ex-ministra da ciência e do ensino superior e eurodeputada Maria da Graça Carvalho foi dar a bênção ao movimento e deixou alguns números que clarificam a posição desigual das mulheres na sociedade portuguesa e europeia, como o facto de 66% dos licenciados portugueses serem mulheres, mas apenas 3% dos lugares de chefia dos conselhos de administração das empresas serem ocupados por elas. Na Europa a desigualdade que existe na empregabilidade e na remuneração, disse, tem a ver com as redes sociais, muito influentes na ascensão das mulheres na vida política e empresarial. “É uma barreira que as mulheres têm de superar para construir uma carreira. A política e a vida empresarial são as duas áreas muito fechadas às mulheres. Isto tem muito a ver com os estilos de vida, muito masculinos, que há nos partidos e nos conselhos de administração” frisou, acrescentando que “é preciso romper com estes ciclos de influências masculinas, ou então entrar neles, na política, nas instituições e nas empresas”.
 
E, como qualquer mulher que desempenhe um cargo de relevo neste país tem histórias sobre ‘obstáculos de género’ que teve de derrubar pelo caminho, a outra convidada ilustre da cerimónia de apresentação do movimento foi a deputada à Assembleia da República pelo círculo de Santarém, Carina João, que testemunhou experiências em que partiu em “pé de desigualdade” na sua profissão de engenheira, quadro da Estradas de Portugal. “A meritocracia favorece as mulheres”, disse, porque dá primazia às reais capacidades das pessoas no momento de selecção para os cargos e rejeita a discriminação, por exemplo, por motivos falaciosos de maternidade.

A recuperação não se faz pela mão-de-obra barata
Questionada pelo vereador torrejano Henrique Reis sobre o futuro da Europa e de Portugal, Maria Graça Carvalho falou das dificuldades causadas pelo fenómeno de globalização acelerado pela revolução tecnológica e o crescimento económico de países em vias de desenvolvimento. “A europa, que era o centro da economia, está a perder essa posição neste mundo. (…) A Alemanha está a aguentar-se muito à custa da qualificação e de não abandonar a produção e a exportação” disse, referindo que a solução será a qualificação dos sectores líderes de mercado, assim como a recuperar de outros em que já houve liderança no passado, e ressalvou que “não é pela mão-de-obra barata que isso se faz, é pela tecnologia”, isto em termos europeus e aplicáveis a Portugal.
 
França, Itália e Portugal têm de fazer reformas, disse Maria da Graça Carvalho. Não se pode perder a liderança em sectores económicos importantes, “como aconteceu no sector farmacêutico na Europa, muito por causa da burocracia existente. Quer dizer, na Europa produzimos o conhecimento, a produção é feita num país asiático, e depois o produto é vendido aqui...” ironizou.
 
A moda e a produção têxtil criadas na Europa, muito apreciados no mundo asiático, foi outro exemplo dado, assim como os sectores tecnológicos. Não gerando muito emprego directo, a tecnologia cria muita riqueza que pode ser distribuída através dos sistemas de impostos e da solidariedade social, este sim um sector que cria cada vez mais empregos na Europa.

Actualizado em ( Quarta, 18 Junho 2014 16:10 )  
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