A Câmara Municipal de Torres Novas já recebeu o relatório do Tribunal de Contas sobre a viabilidade da empresa municipal Turrisespaços. Segundo o documento, recebido esta semana, a autarquia é aconselhada a dissolver a empresa e a internalizar os serviços (que empregam cerca de 30 funcionários), que são, grosso modo, as secções de desporto e cultura municipais.
A viabilidade económica da Turrisespaços é alvo de análise atenta há vários anos, no seguimento dos resultados negativos dos consecutivos exercícios. O grande parâmetro de apuramento da viabilidade da empresa municipal é a autonomia de 50% de receitas face às transferências da Câmara, o que tem conseguido por uma unha negra e por via, quase exclusiva, da contratualização de serviços entre autarquia e empresa.
A internalização dos serviços é um cenário cada vez mais realista, algo que os três partidos da oposição no executivo advogam desde a criação da empresa. De cada vez que o TC envia um visto de viabilidade, é uma conquista para a empresa e para a autarquia.
O presidente da Câmara, Pedro Ferreira, já terá reunido com os trabalhadores da empresa para os informar do ponto de situação, mas os próximos meses é que definirão o destino da Turris, que organiza para a Câmara, entre outros eventos, a Feira Medieval e as Festas do Almonda, cujo regresso foi anunciado para Julho deste ano.
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