o riachense

Sexta,
26 de Abril de 2024
Tamanho do Texto
  • Increase font size
  • Default font size
  • Decrease font size
Enviar por E-mail Versão para impressão PDF
Meta-escrita

Disseram-me, há dias, que se denomina de Política o facto de uma pessoa criar mundos novos, com mar de água doce e grãos de açúcar, por exemplo, como escrevi há umas semanas. Disseram-me que não deixa de ser Política, independentemente de uma pessoa guardar esses mundos para si ou expô-los, seja na escrita, na música ou numa banal conversa de café.
Realmente o mar sempre foi salgado e o açúcar em grão faz parte de um processo inventado pelo homem. Mas eu não inventei nem invento nada. Apenas crio realidades minhas, baseadas em objectos ou factos já pré-existentes.
E não percebo onde existe Política nisso.
Segundo sei, o termo surgiu na Grécia Antiga e a palavra original terá sido Politeia (ou algo semelhante), que designava tudo o que dizia respeito à organização da Polis, ou Cidade-Estado.
Posteriormente este vocábulo foi “importado” para a Europa e, apesar da diversidade de acepções (umas mais modernas e outras mais clássicas), o seu significado tem estado sempre, constantemente, relacionado com governo, organização, estruturas.
Dizem-me que esta é uma questão política, porque pretendo, apesar de tudo, uma nova forma de vida, o que torna isto semelhante a uma revolta interior. E será, sem sombra de dúvida. Mas será sempre uma revolta minha. Ora, eu ao “entrar” nestas ilhas pretendo tudo menos organização – pelo menos a organização actual. Pretendo a vida na sua essência, como uma criança que abre os olhos pela primeira vez e de repente tudo é mágico.
Nestas ilhas o meu céu pode ser amarelo, e nele posso encontrar um arco-íris que em vez de arcos pode ter ziguezagues ou bolhas.
E porque é que o mar tem que ser transparente e reflectir o azul do céu, se há dias em que o azul não é a minha cor favorita?
E porque é que é o mar que é transparente e não as pessoas?
Nas minhas ilhas tudo é mais simples. As pessoas são transparentes sim! E até ficam mais bonitas sem máscaras, ou na pior das hipóteses ficam mais genuínas e supostamente mais felizes, o que torna as coisas muito mais interessantes.
Mas esta é a minha visão entusiasta, que sempre tem a mania de sair do armário quando os meus dedos decidem rabiscar umas palavras no computador.
Uns fumam, outros fazem desporto, outros ouvem música, outros talvez não façam nada. Afinal, todos temos os nossos refúgios. Este é apenas o meu.
Actualizado em ( Quinta, 24 Março 2011 11:17 )  
{highslide type="img" height="200" width="300" event="click" class="" captionText="" positions="top, left" display="show" src="http://www.oriachense.pt/images/capa/capa801.jpg"}Click here {/highslide}

Opinião

 

António Mário Lopes dos Santos

Agarrem-me, senão concorro!

 

João Triguinho Lopes

Uma história de Natal

 

Raquel Carrilho

Trumpalhada Total

 

António Mário Lopes dos Santos

Orçamentos, coisas para político ver?
Faixa publicitária
Faixa publicitária
Faixa publicitária
Faixa publicitária