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  A Força da Manipulação

 

A força da manipulação também conseguiu manter o nosso país, antes de 25 de Abril de 1974, num regime de ditadura e guerra Colonial, durante décadas. Hoje também vale tudo para que os responsáveis, que nos mergulharam nesta crise Social, económica e política, continuem impunes e a beneficiar dela.
É, por demais evidente que ela é o resultado do acumular de práticas políticas de cariz neoliberais executadas pelos sucessivos Governos, ajudadas pelo sector financeiro, com actos ilícitos de certos sectores bancários, com custos elevadíssimos para os cidadãos e países, vítimas dessas fraudes.
Não obstante todo este comportamento, esta ganância desmedida, não se impediu que no nosso país fosse aprovado na Assembleia da República um orçamento para 2011 e medidas de austeridade a recaírem sobre as pessoas de menores recursos financeiros. Todas elas tem como único objectivo a liquidação de direitos sociais, algo nunca visto desde o 25 de Abril de 1974, já incompatível com o regime democrático que se quer mais justo e moderno aliás, ataques desferidos e seguidos na sua maioria por Governos da União Europeia contra os trabalhadores.
Não é ingenuamente que nos é dado a assistir frequentemente a presença nos órgãos de Comunicação Social, sobretudo na televisão, de iluminados economistas e comentaristas nacionais e estrangeiros a proporem receitas para a cura de todos os males, excepto de alguns que, mais não são (a criação de castas, usando as palavras de Sophia Mello Breyner) para impedir a educação do Povo e uma melhor consciência.
Assim mesmo, antes das eleições legislativas, marcadas no nosso país para o dia 5 de Junho em consequência da queda do governo, já avançam com cenários de supostos governos de acordo com os seus desejos e interesses, para imporem mais medidas de austeridade, ainda mais gravosas. Naturalmente, para que isso aconteça é preciso badalar o tão gasto chavão da produtividade dos portugueses não crescer, como também usarem o tão já velho pretexto de nos termos que adaptar aos novos tempos.
Desta forma, recorrem a tudo para desvalorizar conquistas sociais, não só no nosso país, como os da própria humanidade ao longo dos tempos. Também por isso importa assinalar mais um 1.º de Maio, como dia do trabalhador, do que ele encerra de luta por melhores condições de vida, tendo como exemplo a conquista das 8 horas como limite de trabalho diário.
Acontecimento que, embora se tenha dado nos finais do século XIX, continua cada vez mais actual, como património da humanidade e a provar que todos os pretextos para a liquidação dos direitos sociais, inclusive o de adaptação aos novos tempos, chegarão ao fim de seu tempo.
Confrontado que está o país em já não poder desvalorizar a moeda, em consequência de não termos acautelado a nossa adesão ao euro da maneira mais adequada para a economia do nosso país, pelos governos de então. Engana-se os portugueses, com todos os truques e o mais fácil é cortar, congelar salários e reformas, e como não bastasse querem os despedimentos mais baratos.
Contudo, não é seguro – dito também por especialistas - que pela redução de salários as nossas exportações cresçam, e nos comprem mais do estrangeiro. E é duvidoso que os preços desçam em função dos cortes salariais e seus congelamentos e que a nossa dívida externa diminua e que não a tenhamos que vir a pagar em situação mais difícil para os Portugueses.
É evidente que a seguir neste rumo, o que temos como mais certo é outra recessão económica - aliás, dito também por conceituados economistas dos mais variados quadrantes - e que a vinda do FMI para o país vai agravar ainda mais a vida da nossa população, sobretudo os de mais débil situação financeira, comprometendo o futuro de Portugal como país soberano livre e democrático.
No meu ponto de vista, julgo saber quais são os mais directos responsáveis pela situação em que o país vive, porque me habituei a desconfiar de iluminados cérebros, que defendem tais medidas de austeridade, sem qualquer preocupação social. Normalmente, quem defende tais medidas para os países e para os povos são pessoas muito bem pagas, para quem é indiferente qualquer corte no salário pois provavelmente continuarão a comprar o seu carro topo de gama sempre que o queiram, ao invés para quem ganha 1.500 euros ou 600 euritos, que será possivelmente forçado a recorrer ao banco alimentar contra a fome.
Ao contrário do ambiente de desinteresse que se possa criar em alguns eleitores em relação ao próximo acto eleitoral, ele é bastante importante para mobilizar forças e unir vontades interessadas em novas experiências de governação, nunca conseguidas desde o 25 de Abril, que faça mudar o rumo do país e dê aos portugueses, um país mais justo, respeitado, livre e democrático, e assegure um futuro mais digno às novas gerações.

 

Actualizado em ( Quarta, 04 Maio 2011 15:40 )  
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