o riachense

Sexta,
26 de Abril de 2024
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Mária Pombo

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  Filhos do coração

 

Desculpem lá. Peço as mais sinceras desculpas, mas hoje não vou fazer crítica nem jogar com a ironia… Não vou falar do Ribatejo nem das nossas lindas paisagens…
Há uns dias propus-me escrever um texto argumentativo sobre a adopção de crianças por casais homossexuais, no qual defendi uma posição que não é propriamente a minha, e nessa mesma semana vi um miúdo lindo de morrer e muitíssimo especial ser adoptado por um casal convencional que espero que lhe saiba dar todo o valor que merece e precisa, e que saibam chamar-lhe filho com o mesmo orgulho com que ele os chama pais.
Calma, gente, muita calma nesta hora… Já sei que algumas cabecinhas esperam uma notícia chocante e escandalosa, qualquer coisa que se assemelhe a uma bomba no paraíso. Não é preciso tanto… Não vou falar de um tema com grandes conteúdos nem fazer grandes filmes. Vou apenas contar-vos um momentozinho de um dia absolutamente normal da minha vida em Lisboa.
Estava eu a sair de casa, como em todas as manhãs acontece (sendo que desta vez ia com algum tempo), quando passa por mim um casal jovem de mão dada com um pimpolho nos seus quatro anitos… O miúdo sorriu-me e apontou o dedo como que a querer tocar-me, e eu disse-lhe adeus com a mão. O sorriso foi ficando cada vez maior e as pernas dele andavam para a frente mas a cabeça girava em sentido contrário. Eu continuei a sorrir-lhe. Até que o miúdo, o Tiaguinho – como a mãe carinhosamente lhe chamou –, se enfiou no meio dos arbustos… Tive vontade de gozar, mas o miúdo é que parecia que gozava com ele próprio, a rir-se às gargalhadas depois do seu feito histórico em busca da “Cinderela perdida”! Era magrinho, tinha ainda os dentes pequeninos de leite, cabelo clarinho, liso. Daquelas crianças que dão vontade de encher de mimos.
Isto tudo para dizer que fiquei “apaixonada”… Não pelo puto mas pela situação em si. Um sorriso daqueles fez com que o meu dia corresse logo melhor. Confesso que adoro ser tia e tenho um certo jeitinho para lidar com crianças; gosto delas e elas gostam de mim.
E o Tiaguinho vai ficar para a história…
Está decidido, um dia vou ter um filho do coração. Ou vários.

 

 
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