o riachense

Quinta,
25 de Abril de 2024
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José Manuel Rosário

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Parem de me roubar



Nos últimos 30 anos o povo entendeu escolher pessoas para governar que pelos vistos deixaram o país à beira da banca rota. Eles foram ministros, secretários de estado, primeiros-ministros e presidentes da república. Estes "manjericos" sem substância tiveram algo em comum: subsidiaram para não se produzir, acabaram com as pescas, dizimaram a agricultura e encerraram milhares de empresas. Aumentaram e criaram novos impostos, quer a nível nacional quer local. Reduziram o apoio às famílias, criaram novas taxas e tarifas, reduziram direitos e aumentaram deveres. Encerraram centros de saúde, escolas e linhas de caminho-de-ferro.
Recordam-se do tempo em que se pagava para arrancar vinhas, fechar unidades de transformação de tomate e abater a frota de pesca? O avozinho Silva, que teima em permanecer no poder, não se esqueceu do que fez. Em jeito de confissão e arrependimento, fala hoje do mar e da produção nacional com uma convicção que engana o mais distraído.
Na mesma linha política, lembro-me particularmente do tempo de Guterres, o homem que fugiu a sete pés. Uma obra de mil euros era executada por quatro ou cinco mil. Nada se fazia sem recurso ao crédito e não é por acaso que hoje a dívida do Estado aos bancos, incluindo as autarquias, é colossal, a rondar os setenta mil milhões de euros. Todos os dias reflectia: haverá assim tanto dinheiro? Mais tarde ou mais cedo, eu que não tenho culpa nenhuma, irei pagar a factura? Com Barroso, que foi à procura de uma reforma choruda, Santana e o "académico" Sócrates, a política seguida foi sempre a de roubar quem trabalha.
Com o apoio de parte dos mais desfavorecidos e o aval do avozinho eis que o rapazito e sua amada formam uma sociedade em nome individual a termo certo. A 1.ª medida que tomaram foi a de viajar em classe não executiva (só dá mesmo para rir). A 2.ª medida foi pensar que tinham direito a férias apenas com dois dias de trabalho. A 3.ª medida foi roubar o 13.º mês, desrespeitando e desconsiderando milhares de trabalhadores com dezenas de anos de trabalho consecutivo, produtividade comprovada, impostos em dia, taxa de absentismo muito baixa, muitos deles a laborar em empresas exigentes mas simultaneamente humanas e cumpridoras. Segue-se o preço a pagar pela utilização dos transportes públicos mais 25%, depois do incentivo à sua utilização. Para este mês, estão previstos aumentos das taxas moderadoras e revisão das isenções, aumentos do IVA com excepção do golfe que se mantém nos 6%, taxa idêntica a alguns produtos para a alimentação humana. Até finais de Setembro o roubo centrar-se-á no aumento das taxas em 2012 do Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI).
O argumento é sempre o mesmo: a crise, essa maldita palavra. Só que, este tipo de crise é programado no tempo por meia dúzia de magnates para satisfazer interesses de centenas, prejudicando milhões. A crise nasce para que nada fique como antes, provocando "saudades da certeza do subsídio de Natal, do curso superior com emprego e da pensão de reforma".
Ao invés, veja-se a folha salarial dos administradores da Fundação Cidade de Guimarães onde se destacam Jorge Sampaio, Adriano Moreira, Freitas do Amaral e Eduardo Lourenço. A ser verdade, são vergonhosos os vencimentos e o valor pago a estes ditos democratas por cada reunião. Valores inqualificáveis para uma região com uma taxa de desemprego a roçar os 20% e para o país no seu todo. Jorge Sampaio, por exemplo, arrecada 14.300 euros mensais mais 500 por cada reunião à excepção dos restantes que recebem 300 euros. Está tudo a rolar como previsto. Os 25 mais ricos do país engordaram a fortuna em 18%, valem hoje 18 mil milhões e representam 10% do PIB. A Caixa Geral de Depósitos tem novos administradores, rapaziada do PSD e CDS.
Confirma-se que, a honestidade neste país não é premiada, pelo contrário. Por isso, isto não se resolve com greves, manifestações ou artigos de opinião. Não, o carreiro não é por aí.

 
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