o riachense

Sexta,
03 de Maio de 2024
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Governo corta no pessoal e serviços pioram

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Comissão de Utentes da Saúde apoia acções de protesto das populações

A Comissão de Utentes da Saúde do Médio Tejo (CUSMT) anda preocupada com as medidas governamentais que têm dificultado o acesso aos cuidados de saúde, como a redução nas comparticipações nos medicamentos, falta de profissionais ou o encerramento de unidades de saúde. Em conferência de imprensa realizada no dia 12 de Setembro, Manuel José Soares, porta-voz da CUSMT, explicou que além da falta de médicos, já há também falta de administrativos, enfermeiros, técnicos e outros operacionais devido ao despacho governamental para cortar nos prestadores de serviços.

Nuno Matos

“No caso do Centro Hospitalar do Médio Tejo (CHMT) já saiu um cardiologista e há mais médicos a abandonar. Fala-se na saída de uma centena de profissionais de vários sectores para que a administração cumpra os objectivos financeiros”, adiantou Manuel José Soares, falando também na possibilidade do encerramento da urgência geral no hospital de Torres Novas - já a partir de 1 de Outubro, segundo apurou o riachense.
O porta-voz da CUSMT afirma ainda que as extensões de saúde com menos de 1500 utentes, como são os casos de Casais de Igreja e Fungalvaz, na freguesia de Assentis, deverão ser encerradas e já não serão colocados médicos na Meia Via e Ribeira.
Pedro Marques, director do ACES Serra d’Aire, não confirmou estas alterações, explicando que “estão a ser efectuados estudos visando a disponibilização da melhor oferta assistencial de serviços, num contexto de alguns condicionalismos decorrentes do Memorando de Entendimento celebrado pelo Estado Português”. Explicou ainda que ainda não existem decisões tomadas, “sendo desejável que o processo seja conduzido em estreita ligação com as comunidades locais e os seus legítimos representantes”.
Por outro lado, diz a comissão de utentes, ainda não há indicação de quando chegarão as quatro carrinhas para a implantação das unidades móveis de saúde no ACES Serra d’Aire. “Achamos importante que alguém diga o que se passa”, salienta Manuel José Soares, para alertar: “Vai aumentar o sofrimento dos doentes e famílias. Os gastos do Serviço Nacional de Saúde vão subir, tendo reflexo na qualidade de vida das populações”.
Segundo Pedro Marques, os municípios que constituem a Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo manifestaram a sua disponibilidade para avançarem com uma candidatura junto do Programa Mais Centro, na CCDR Centro, visando a aquisição de 8 unidades móveis de saúde, sendo quatro para o ACES Zêzere e quatro para o ACES Serra d'Aire. Explica ainda que a Administração Regional de Saúde validou o processo “mas, segundo julgo saber, a abertura desse concurso no Programa Mais Centro carecerá de autorização da tutela”.

Privatização no horizonte?
Ápio Nicolau, do Sindicato dos Trabalhadores da Função Pública, já esperava o encerramento de serviços por falta de profissionais e alerta para os possíveis cenários futuros. “Como o sector público não dá resposta, poderá haver privatizações”, disse, alertando para o facto do hospital de Torres Novas “ser muito apetecível e poder cair nas mãos de privados”, eventualmente a Santa Casa da Misericórdia, segundo relatou a o riachense uma fonte. Aquele delegado sindical lamentou ainda a falta de comunicação da administração do CHMT “que não dá resposta às questões colocadas pelos trabalhadores”. Solicitamos alguns esclarecimentos à administração do CHMT sobre o assunto, mas até ao fecho desta edição não obtivemos resposta.
Assim, para ultrapassar os actuais constrangimentos no CHMT, a CUSMT propõe a nomeação de um novo conselho de administração (que terminou mandato há quase um ano), instalação do conselho consultivo, elaboração de um plano estratégico que em coordenação com os outros níveis de cuidados de saúde defina o aproveitamento integral das instalações e equipamentos, o equilíbrio regional na distribuição das diversas valências e o desenvolvimento das mesmas, a instalação de novos serviços ou a informatização de todos os serviços em rede com outras unidades do Serviço Nacional de Saúde.
Para combater as falhas no acesso à saúde, tanto no hospital como nos centros de saúde, a comissão de utentes diz que apoiará as acções de reivindicação por parte das populações, tendo outras acções previstas. Depois da reunião com o director do ACES Serra d'Aire, a comissão renovou o pedido de reunião com o conselho de administração do Centro Hospitalar do Médio Tejo e já solicitou uma reunião à União dos Sindicatos de Santarém para análise da situação criada pelos cortes financeiros na saúde e as suas consequências.
A CUSMT apelou também à Ordem dos Médicos para “agilizar” os processos de certificação dos médicos costa-riquenhos para que possam exercer as suas funções nos centros de saúde.
Além disso, a comissão de utentes convidou os órgãos autárquicos para debater a situação, assim como os deputados do distrito de Santarém de todas as bancadas e os grupos parlamentares sem representação distrital.
 
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