Podemos passar pelo Museu Agrícola. Podemos ver fotografias. Podemos ouvir os mais velhos. Fazemos um exercício de recuar, na memória, 50 anos.
Com as fronteiras fechadas para quase todos, Portugal mantinha-se “orgulhosamente só”. E quase ao nosso lado, a França, hoje tão perto e nesse tempo tão longe, era um sonho de um mundo diferente, melhor, com trabalho duro mas bem pago, com segurança social.
Foi nesse tempo que muitos riachenses sonharam melhorar a vida, tentando a sorte na emigração. Em cada um desses emigrantes há uma história de vida que passa muitas vezes por uma difícil travessia da fronteira.
São essas histórias que vamos contar no jornal O Riachense, a partir de Setembro de 2014, procurando que a história da emigração dos riachenses se faça e compreenda a partir dos contos dos emigrantes com quem vamos conversar.
Como não é possível colocar no jornal toda a história da emigração, com toda a riqueza de depoimentos, documentos e fotos, a abordagem inicial será referente aos anos sessenta do século XX e ao período até ao 25 de Abril. Por agora falaremos com os emigrantes em França, sendo o primeiro entrevistado Zé Manha. Numa segunda fase teremos os riachenses que optaram por outros países.