Foi já depois do fecho da última edição (24 de Junho) que a renúncia do presidente da Junta de Riachos foi revelada. Uma notícia, no entanto, na página 3, prenunciava a gota de água que acabou por levar Alexandre Simas a bater com a porta: "Riachos é a unica freguesia sem delegação de competências".

Simas exigia quase o dobro das verbas que a Câmara quer dar a Riachos e não assinou o acordo, ao contrário as outras Juntas. Apesar dos diversos avanços nas negociações nos últimos sete meses, não se chegou a um acordo. Simas chegou a dizer que a rejeição do horário condicionado do trânsito nas estradas do campo, pedido pela Junta, foi uma retaliação política da Câmara.

Sem a "esmola" que a Câmara previu para Riachos, a situação financeira da Junta tornar-se-ia insustentável, além do consequente incumprimento do programa eleitoral dos independentes (largamente baseado na manutenção dos espaços na vila), disse-nos Simas recentemente.

Segundo apuramos, todos os elementos da lista independente GRUPPO, que venceu as eleições em 2013, estão solidários com Simas e também vão renunciar na sessão da Assembleia de Freguesia marcada para o próximo dia 29 de Junho.

Entretanto, houve no dia 25 uma sessão de esclarecimento na Casa do Povo, em que ficou claro que a decisão já estava tomada há algum tempo, sob a condicionante da atribuição de mais dinheiro da Câmara. Segundo a lei, com a renúncia de todos os elementos do partido mais votado, têm de ser convocadas novas eleições. Serão lá para o fim o verão.