Alcorochel quer as escolas mas a Junta não as pediu à Câmara

Quinta, 25 Abril 2013 14:41 André Lopes Mais notícias
Versão para impressão
Perante a colocação para venda em hasta pública dos edifícios da antiga escola primária de Alcorochel, parte significativa da população de Alcorochel ficou desapontada com a actuação da Câmara e da junta de freguesia.
Foi só após a atribuição de cerca de vinte edifícios em Janeiro passado e o anúncio de que as restantes seriam colocadas à venda, que a população tomou conhecimento que as diligências para salvaguardar os edifícios, colocando-os sob alçada de alguma colectividade, não foram tomadas. O presidente da Junta não informou as partes interessadas na utilização e não requisitou o edifício à Câmara. Na reunião de Câmara do passado dia 16 de Abril, o vice-presidente Pedro Ferreira disse que Joaquim Vieira tinha entrado com um pedido de cedência das escolas, sim senhor, mas só depois da atribuição já ter sido feita e da hasta pública ter sido lançada.
Emílio Girão, membro da assembleia da freguesia de Alcorochel foi à Câmara saber porque é que, apesar de o presidente da Junta lhe ter transmitido que “estava tudo controlado”, afinal soube pelos jornais que a Câmara pôs as escolas à venda. Segundo Girão, a assembleia de freguesia havia deliberado que as escolas iriam albergar uma nova sede da Junta e para uma sala de convívio da 3.ª idade. Paulo Rodrigues, representante da Confraria de Alcorochel, informou na Câmara que também havia interesse do clube de ciclismo.
A Câmara deliberou colocar as escolas que não foram cedidas à venda, mas António Rodrigues diz que nunca, numa situação idêntica, resultou na efectiva venda. “Seria um milagre que alguém comprasse”, disse o presidente da Câmara tentando serenar os alcorochenses. O prazo da hasta pública termina a 8 de Maio, mas Rodrigues garantiu: “se houver alguma oferta, cancelamos a venda”.