Tomé propôs auditoria às finanças mas a Câmara não aceitou

Quarta, 22 Janeiro 2014 16:40 André Lopes Mais notícias
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Pedro Ferreira e o PS chumbaram a proposta de realização de uma auditoria externa às finanças da Câmara Municipal, que partiu do vereador comunista Carlos Tomé. O presidente da Câmara disse, na reunião de 14 de Janeiro, que não havia necessidade de gastar dinheiro em auditorias, visto que o município está “permanentemente a ser auditado” pelas entidades oficiais, graças à obrigatoriedade de cumprimento dos programas de saneamento e de apoio às finanças locais, que solicitam à Câmara informações mensais. 
 
A auditoria proposta pela CDU incluiria um estudo à situação financeira do município dos anos 2012 e 2013, de modo a dotar o novo executivo de “meios adequados para orientar a sua gestão no seu mandato”. Na fundamentação do pedido, Tomé evocou o relatório da Inspecção-Geral das Finanças, que em Agosto passado arrasou por completo a gestão financeira do último mandato de António Rodrigues, sendo nomeadamente muito crítico no aspecto do empolamento das receitas e da “falta de fiabilidade da informação contabilística” da Câmara no período em causa, 2009 a 2012.
 
A proposta, foi uma medida defendida por todos os partidos da oposição durante a campanha para as eleições de Setembro. Henrique Reis votou a favor para “ser coerente com o programa eleitoral do PSD” e Helena Pinto, do Bloco de Esquerda, também aprovou a proposta, visto “ser a favor de tudo o que vem a favor do esclarecimento”, além do “aspecto pedagógico” que a mesma traria aos serviços.