Quando se dá tudo o que se tem…

 

Numa altura em que tanto se fala em formação e aproveitamento de jovens jogadores nacionais, que dizer quando, numa divisão não-profissional (portanto, de futebol secundário e pretensamente amador) aparece uma equipa (de Alcanena, no caso) apenas com dois portugueses, já veteranos, no onze inicial? Não é um comentário, é apenas uma questão que se coloca, como nota de abertura. 

 

Começou melhor a equipa forasteira, que abriu o jogo em cima dos riachenses, conseguindo logo três cantos seguidos a seu favor.Com o decorrer do tempo foram marcando alguma supremacia territorial, mas nem por isso criaram lances de muito perigo. Vieram a fabricar dois, apenas, já para lá da meia hora, mas a verdade é que, até aí tinham sido os riachenses, em toada de contra-ataque, a ameaçar marcar, também por duas vezes. Portanto, resultado certo até ao intervalo, num jogo de muita entrega, mas onde jogar bonito era difícil, num relvado escorregadio, demasiado macio e perigoso para a integridade física dos jogadores. 

 

Na segunda parte os riachenses apareceram com mais fulgor e poderiam ter inaugurado o marcador logo a abrir. Todavia, foram quebrando fisicamente e os alcanenenses assumiram o comando do jogo, empurrando os locais para o seu último reduto. Valeu aos riachenses, nesta fase de maior aperto, a sua concentração, denodo e o acerto defensivo. Com o passar do tempo, os homens de Alcanena vieram também a acusar o esforço e isso permitiu que na última dúzia de minutos os riachenses sacudissem o domínio adversário e criassem também algumas situações para marcar. O jogo acabou, precisamente, com o guardião forasteiro a negar o golo caseiro, deixando o resultado final num nulo que se afigura ajustado ao desenrolar do desafio.

A equipa de arbitragem, bem conhecida e experiente, teve uma boa prestação.