Sexta, 09 Dezembro 2011 17:45 Opinião
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No reino dos Pinóquios

 


O delegado dos credores Internacionais, nascido criado e formado no PSD, na sua conta de Twitter antes de ser primeiro-ministro escreveu: "Como é possível manter um governo em que um primeiro-ministro mente?" Uma directa ao actual Presidente da República que teve como alvo principal o actual emigrante Sócrates. O rapazola devia ter vergonha.
Pessoalmente, considero mentirosos todos quantos mentem compulsivamente, o que é o caso. O homem que nunca trabalhou, que não sabe o que é a vida, que não sabe o que é não ter dinheiro para comer nem o que são dificuldades, desde que assumiu o governo ainda não parou de mentir e de roubar. Hoje, meses depois de ser eleito, considera que o modelo social em Portugal não é sustentável.
Sustentável para Passos Coelho é pedir 78 mil milhões e pagar trinta e cinco mil milhões de euros de juros pelos empréstimos dos "amigos" da troika.
Enquanto candidato, prometeu que: "Se formos Governo, posso garantir que não será necessário despedir pessoas nem cortar mais salários para sanear o sistema português." O ladrão do rapaz iniciou a sua cruzada com esta afirmação. Para cativar o eleitorado, faltou mais uma vez à verdade quando garantiu que: "A ideia que se foi gerando de que o PSD vai aumentar o IVA não tem fundamento." Não contente com tanta trapalhada própria de um quadro político formado no PSD, depois de ouvir o primeiro-ministro Sócrates dizer que: "o PSD quer acabar com o 13.º mês, mas nós nunca falámos disso e é um disparate", então não é  que o magano tem a ousadia consentida de meter mais uma peta? A ideia era a de correr com o primeiro-ministro de então. Como justificação, escreveu: "O PSD chumbou o PEC 4 porque tem de se dizer basta: a austeridade não pode incidir sempre no aumento de impostos e no corte de rendimento." Pois é. Desde que tomou posse já deliberou quatro aumentos de impostos cortando como nunca o rendimento disponível das famílias. Esqueceu-se que, com estas medidas não cumpre o prometido enquanto pretendente ao trono. Passo a lembrar: "Não se põe um país a  
pão e água por precaução."
"A pior coisa é ter um Governo fraco. Um Governo mais forte imporá menos sacrifícios aos contribuintes e aos cidadãos." Adivinhem quem disse? Exactamente, foi mesmo o Passos Coelho. Apesar de mais uma mentira, continuo a não partilhar da ideia de que era bom que os governantes narigudos tivessem febre aftosa, língua azul, peste suína ou gripe das aves para ser obrigatório eliminar o rebanho todo. O carreiro também não é por aí.
Durante o debate do orçamento de estado para 2012, mais umas quantas mentiras. Por imposição do ministro das finanças que não se livra de ser um seguidor no que toca a faltar à verdade, Passos Coelho, garantiu que não existe folga no orçamento para pagar um dos subsídios: 13º mês ou férias. A proposta surgiu de um homem que se diz seguro e líder da oposição (só se for em sua casa porque ninguém lhe  
conferiu esse estatuto). Mais uma das dele. O orçamento de estado tem margem financeira para garantir os dois subsídios ao funcionários públicos e pensionistas, um direito que não se pode pôr em causa. Cortem nas gorduras e não nos portugueses que têm a sorte de ter trabalho ganhando cerca de metade dos trabalhadores da zona Euro. Cortem nos gestores que recebem em média mais 40% que os restantes da zona Euro.
"Já estamos fartos de um Governo que nunca sabe o que diz e nunca sabe o que assina em nome de Portugal." Esta afirmação, foi proferida também por Pedro Passos Coelho antes de chegar ao poder e tinha como objectivo denegrir a imagem do Pinóquio que acabou de sair. Quer um quer outro, não terão a sorte do verdadeiro Pinóquio. Ambos nasceram meninos de verdade. Com o tempo, tornaram-se autênticos bonecos de madeira para não lhes crescer o nariz. São insensíveis, desumanos e mentirosos.
Por último, não pensem que me esqueci do outro Pinóquio, o paulinho das feiras do CDS. O único membro do governo com visão e inteligência q.b. Desde que tomou posse, nunca mais se lembrou dos ex. combatentes, da classe média baixa, da classe média, da classe média média e média alta. Mesmo assim, honra seja feita, foi o único que à sete anos atrás já previa que chegaria novamente ao governo em 2011 e que o país se ia afundar. Não foi por acaso que encomendou de imediato dois submarinos no valor de mil milhões, sem contrapartidas. Se por acaso as houve era bom que a justiça apurasse para onde foram.

Actualizado em ( Quarta, 11 Janeiro 2012 12:03 )