Ana Paula Lopes

Opinião
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Uma ideia para Riachos

Agradar a gregos e a troianos
 
O que deve esperar Riachos do seu próximo presidente de Junta? 
Com o avançar do mandato surgem sinais de uma autarquia municipal muito centrada na cidade e com pouca acção fora do limite urbano. E isto não se restringe ao que salta à vista, como estruturas, equipamentos, urbanização, arruamento, saneamento e outras obras públicas. Mexe também com a forma de estar e viver dos cidadãos.
Nem todos os momentos de lazer, nem todas as práticas desportivas e culturais têm que ser dotadas de um cariz comercial. Podem ser simplesmente uma prática desportiva ou uma actividade cultural. E não serão as colectividades e outras instituições locais os maiores promotores dessas actividades?
Infelizmente vemos as nossas colectividades a lutar contra a escassez de verbas, falta de apoios e patrocínios. O nosso clube de futebol que desistiu da competição na época passada, por exemplo, e que concentra agora todos os esforços na equipa sénior negligenciando assim a formação…
Precisamos de manter este património vivo: a ligação ao futebol e a outras modalidades, o rancho folclórico, a banda, a columbófila e todas as outras associações e iniciativas que promovem a nossa forma peculiar de sermos ribatejanos.
Precisamos de uma Junta de Freguesia que consiga mostrar esta nossa necessidade junto do município.
Precisamos de uma Junta de Freguesia que traga mais apoios para as nossas associações e colectividades, movimentos culturais e actividades desportivas.
Mas… esta acção terá que ser, acima de tudo, negociada, assertiva e ponderada. Sabemos, de passados próximos e da actual situação internacional, que atitudes radicais, posturas de cisão, rupturas abruptas não trazem resultado algum.
O que precisamos do nosso próximo Presidente de Junta é de uma atitude positiva para, com ponderação, junto do município inventariar as necessidades da população e das colectividades de Riachos e conseguir uma maior identificação dos riachenses com a autarquia e com o município, independentemente de cores políticas.
Porque o que mais importa no contexto local são as pessoas, não os partidos ou as agendas partidárias.
Actualizado em ( Quinta, 03 Setembro 2015 12:15 )