Pensar o que queremos

Quarta, 12 Junho 2013 10:18 André Lopes
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Ponto número um: Desperdiçar recursos. Na nossa terra só se pensa em abrir lares privados e fazer passeios mal feitos. Por meia dúzia de patacos, a Junta de Riachos já podia há muito ter comprado o mercado, os terrenos que ligam à Casa Povo e até o cinema Olímpia, e ter acrescentado ao seu património um amplo espaço do centro nevrálgico da vila. Quando se diz meia dúzia de patacos, é literal. Quantos programas comunitários existiram nas últimas décadas, comparticipados a 60, 70, 80 ou 90 por cento, alguns dos quais até no corrente ano, e que não foram aproveitados? As colectividades angariam com sucesso milhares de euros para as suas actividades, a Junta não poderia ter feito o mesmo? Isto é um tema que cai de podre, mas reemerge quando vemos autarquias a arranjar dinheiro para renovar o seu património natural (Ribeira Branca) e a oferecer infra-estruturas à povoação (Azinhaga). A política de pedir esmola nunca deu autonomia a ninguém.
Ponto número dois: O verão quente das autárquicas, pelo qual esperamos com anseio. Ainda não há campanha eleitoral, mas há muitos mandatos que não se via uma pré-época tão inesperada. Em Riachos, três listas de peso e ambiciosas no seu programa, e mais outra caída de pára-quedas, prometem debates interessantes e remetem ‘prognósticos’ para o fim do jogo. Na Golegã, o PSD esfrega as mãos ao ver o Veiga Maltez chatear-se com Medinas pela evidência de ter perdido poder e possivelmente dividido a maioria absoluta que o PS teve em 2009. Em Torres Novas, o BE surge com aquela que é, provavelmente, a sua candidatura mais forte de sempre em Torres Novas, a deputada Helena Pinto. No Entroncamento, a candidatura que partiria em vantagem era a da deputada Isilda Aguincha, mas tem o ‘pequeno’ problema de pertencer ao partido do Governo.

Actualizado em ( Quinta, 18 Julho 2013 10:23 )