Colocar o espírito comunitário de Riachos a teste

Quarta, 26 Junho 2013 10:21 André Lopes
Versão para impressão
Ponto um – Questionar a existência hoje em dia de um “espírito comunitário em Riachos” pretende dar um motivo de reflexão aos riachenses. A notória falta de dinâmica de quem foi eleito para resolver os problemas de Riachos suscita desde logo esta questão e, especificamente, o facto de não ter surgido nenhuma discussão mais funda na última Assembleia de Freguesia a propósito da possibilidade de compra do mercado, no momento em que o encargo da sua renda, por pequeno que seja, ameaça tornar-se incomportável para a Junta da maior freguesia fora da cidade.
Ter “espírito comunitário” não é andar a dizer que gostamos muito de Riachos. Quantas vezes as pessoas que estão envolvidas na política local, de todas as sensibilidades, discutem as necessidades de Riachos e acabam por cair num consenso – num mínimo denominador comum -  enquanto se adiam as soluções para elas? Quase todas. Mas a ideia mítica que existe de Riachos não é: “são só garganta”. É: “são muito unidos”. E os problemas ficam por resolver...
O momento é ideal para reflectir sobre a coesão e a capacidade de mobilização dos riachenses e, em especial, daqueles que eles elegeram no passado e aqueles que vão eleger a 29 de Setembro. Vejamos: a Junta tem-se vindo a tornar, cada vez mais, um organismo completamente impotente para determinar seja lá o que for, a freguesia deixou de poder contar com a Câmara para tudo, nem para a manutenção das valetas e estradas, porque a autarquia não tem um tostão; o velho e degradado espaço do mercado está a entrar numa fase em que mais vale comprar do que continuar a arrendar, as eleições estão à porta, o que se pode esperar delas? Felizmente, as colectividades têm mostrado como é que se faz (veja-se o exemplo de sucesso do Centro Paroquial).
Ponto dois – O jornal o riachense vai organizar um debate no dia 6 de Julho (ver notícia adiante), no âmbito da estreia do filme documentário sobre Riachos, da autoria de João Luz, um candidato a presidente da Junta. O jornal quer esclarecer que procura com o debate aproveitar o momento de reflexão para o qual o documentário pode contribuir sobremaneira, numa altura em que se preparam as campanhas eleitorais, certamente recheadas de propostas sobre o desenvolvimento local. 
Mas não nos alinhamos nem apoiamos qualquer movimento político, contamos, aliás, com a participação de todos os candidatos, apenas queremos actuar segundo o nosso velho estatuto editorial, o qual convidamos o leitor a ler com atenção de forma a ficarem esclarecidas quaiquer dúvidas sobre o posicionamento do jornal.

Actualizado em ( Quinta, 18 Julho 2013 10:23 )